quero dizer: bom mesmo foi Camões, que enfiou aquela história gigante em um monte de versos metrificados.
Hoje em dia não - hoje, qualquer encontro cancelado, qualquer "fim de novela", qualquer "pra onde vai minha rebeldia" vira um monte de versos melancólicos e byronianos nas teclas de qualquer um - e chamamos de poesia. Hoje, os versos vem todos em prosa sistematicamente configurados na versificação "escrevocomoquerossílabo" e rimam - oh my God! - amor com dor, numa suprema originalidade. sem contar as viagens imagéticas que somos forçados a adivinhar, engolir.
o poeta é um fingidor mesmo.
segue um poeminha meu, para os bons entendedores...
Fomente a
União; não
Crie o
Kaos
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